Artistas destacados:
Philémon Renaudin Vary, Bartholomé Renaudin Vary, Bill Elliott, BBC Concert Orchestra
A trompetista francesa Lucienne Renaudin-Vary faz uma travessia musical transatlântica no segundo álbum da carreira, “Mademoiselle in New York”, com lançamento previsto pela Warner Classics para o dia 04 de outubro, em todas as plataformas digitais. O projeto é antecipado nesta sexta-feira, dia 23 de agosto, por duas faixas: “Se Tu Vois Ma Mère”, “Pavane Pour une Infante Défunte”, de Ravel.
Embora traga mais compositores norte-americanos, liderados por Bernstein e Gershwin, “Mademoiselle in New York” também chegará com faixas dos franceses Maurice Ravel e Charles Aznavour. No setlist, foram incluídos ainda um número do alemão Kurt Weill e até uma melodia de Dvořak, tcheco responsável pela composição da sinfonia "New World" e que, posteriormente, se tornou diretor do Conservatório Nacional de Música em Nova York.
O intercâmbio cultural do projeto fica claro em “Si Tu Vois Ma Mère”. Coração do álbum, a faixa original é de Sidney Bechet. Nascido em 1987, em Nova Orleans (Estados Unidos), o artista passou vários anos em Paris, tendo morrido lá, em 1959, e para sua obra, transpôs todos esses anos na cidade luz. Woody Allen, o arquetípico nova-iorquino, incluiu a faixa no conhecido longa “Meia-Noite em Paris”, sucesso de 2011.
"Si Tu Vois Ma Mère" é a sétima faixa do álbum e, juntamente com “Pavane Pour une Infante Défunte”, de Ravel, podem ser degustadas agora, em todas as plataformas digitais, aquecendo a estreia completa do projeto.
"O trompete é a minha voz", diz Lucienne Renaudin Vary, de 20 anos. Ganhadora do prêmio "Revelação" de 2016 oferecido pela prestigiosa premiação Victoires de La Musique Classique, a artista fez história ao se tornar a primeira trompetista a conquistar vagas simultâneas como estudante de música clássica e jazz no prestigiado Conservatório Nacional de Paris. "Eu me sinto mais em casa quando estou tocando do que se eu tivesse que cantar - ou até mesmo falar. Os trompetistas e os cantores respiram da mesma maneira. Eu passo muito tempo ouvindo os cantores: sou fascinada por sua espontaneidade, expressividade, fraseado e a relação entre música e palavras. E essas coisas realmente inspiram o meu modo de tocar”. Sobre o álbum de estreia com a Warner Classics, “The Voice of the Trumpet”, lançado em 2017, a Gramophone disse: “seu tom amanteigado é maravilhoso, aplicando um filtro esfumaçado para alguns dos números mais jazzísticos”.