Quando tinha catorze anos, Fatma Said fez sua primeira aula de canto com a soprano Neveen Allouba, embarcando em uma jornada musical que a levaria de sua casa no Cairo, uma cidade com uma cena de ópera limitada, para os cartazes sagrados do Teatro alla Scala de Milão e sua escolha como uma das artistas da nova geração da BBC Radio 3 em 2016.
Fatma estudou Canto de Ópera em Berlim e, durante seu bacharelado e ainda depois no mestrado, esteve sob a orientação da professora Renate Faltin, que permanece ainda hoje sua professora de canto. Professores e instrutores ilustres, como Julia Varady, Claar Ter Horst, Anita Keller, Wolfram Rieger e Tom Krause, influenciaram fortemente seu desenvolvimento musical e a ajudaram a aprimorar sua interpretação musical.
Terminado o seu bacharelado em música pela Hanns Eisler School of Music em Berlim em 2013, Fatma recebeu uma bolsa de estudos para estudar na Accademia del Teatro alla Scala em Milão, tornando-se a primeira soprano egípcia a se apresentar naquele palco icônico. Durante seu tempo na academia, ela cantou o papel de Pamina em uma nova produção aclamada pela crítica de A Flauta Mágica, de Mozart, dirigida por Peter Stein, regida por Ádám Fischer. A produção foi transmitida pela ARTE e desde então foi lançada em DVD. Fatma foi aclamada pela crítica como uma das jovens cantoras mais promissoras do mundo, com a influente Frankfurter Allgemeine Zeitung declarando que: "A impecável e radiante Fatma Said como Pamina é uma descoberta".
Atuações recentes incluem, cantar o papel de Pamina (A Flauta Mágica) inaugurando a nova Shangyin Opera House em Shanghai com o Teatro alla Scala. Outras performances incluem sua estreia no Royal Albert Hall cantando o Requiem de Mozart durante o BBC Proms, uma turnê na França com Louis Langrée e a Orchestre des Champs Elysées cantando a Shéhérazade de Ravel, o Requiem de Fauré no Concertgebouw de Amsterdam com Yu Long, a Sinfonia n. 4 de Mahler no Teatro Lirico di Cagliari e Massimo Zanetti, recitais no Dresden Chamber Music Festival, o Schubertiade em Hohenems com David Fray, no Manial Palace Festival no Cairo e no Wigmore Hall em London.
Gravou recentemente a 8. Symphony de Mahler com Ádám Fischer e o Tonhalle Düsseldorf, assim como gravou a 3ª Symphony de Nielsen com Fabio Luisi e a Orquestra Sinfônica Nacional da Dinamarca. Fatma também fez gravações com transmissão de rádio junto à BBC Symphony e a BBC Philharmonic Orchestra, além de sua estréia na Royal Philharmonic Orchestra.
Nos últimos anos, ela participou extensivamente de concertos, recitais e festivais em muitas das principais salas de concerto e casas de ópera de todo o mundo, incluindo o Teatro San Carlo em Nápoles, o Hamburg Staatsoper, a Royal Opera House em Muscat, a Wexford Opera na Irlanda, o Gewandhaus em Leipzig, a Philharmonie em Colônia, a Konzerthaus em Berlim, o Mozarteum em Salzburgo, a Vienna Konzerthaus, a Tonhalle Düsseldorf, o Birmingham Symphony Hall, o Pembroke Music Festival, o Schubertiade Festival de Valdegovia, o Lockenhaus Festival, o Schumann Festival e o Beethoven Festival em Bonn, o Festival de Música de Bad Kissingen, o Stars and Rising Stars Festival em Munique, o Dinard Music Festival, entre outros.
Seus papéis no palco incluem Nannetta (Falstaff), Clorinda (La Cenerentola), La Pastourelle (L'enfant et les sortilèges), Berta (Il Barbiere di Siviglia), 1º ecologista (ópera contemporânea CO2), Feanichton (Bataclan) e o papel de L'Amour (Orphée et Eurydice) no Teatro alla Scala na temporada 2017/2018, uma produção de Shechter / Fulljames que também foi lançada em DVD.
Recentemente, ela cantou o papel de Genovieffa (Suor Angelica) com a Orquestra Sinfônica de Boston e Andris Nelsons em uma performance de concerto e o papel principal Tharsis na nova produção do T.H.A.M.O.S. de Mozart conduzido por Alondra de la Parra e dirigido por La Fura dels Baus durante o Mozart Week Festival 2019.
Em 2020, as apresentações de Fatma incluem um concerto de estúdio com o Bayrischer Rundfunk em Munique, recitais no Wigmore Hall, Viena Konzerthaus, Mozarteum em Salzburgo, Konzerthaus em Berlim, Schumann-Haus em Zwickau, Max-Joseph-Hall em Munique e um Liedrezital em Zurique. Ela também fará parte do Concert De Paris anual no Tour Eiffel, no Festival de St. Denis, no Leeds Music Festival e no Victoria de Los Angeles Music Festival. Este ano, ela estará colaborando com o Orchester National de France, realizando concertos em Paris e Baden-Baden. Os concertos de ano novo incluem apresentações com o maestro Adam Fischer no Bela Bartok Hall, em Budapeste.
Fatma dividiu o palco com músicos de renome mundial como Leo Nucci, Rolando Villazón, Juan Diego Florez, Michael Schade e Jose Cura e fez recitais com a clarinetista Sabine Meyer e pianistas como Malcom Martineau, Roger Vignoles, Julius Drake, David Fray e Joseph Middleton.
Fatma representou o Egito no Dia dos Direitos Humanos em 2014 e 2018 nas Nações Unidas em Genebra e em 2017 no Templo de Luxor e cantou pelo direito das crianças à educação e dignidade através da música. Em 2016, ela recebeu um prêmio honorário do Conselho Nacional para as Mulheres do Egito. Mais tarde no mesmo ano, ela se tornou a primeira cantora de ópera egípcia a receber o Prêmio de Criatividade do estado, um dos maiores elogios do Egito, por sua extraordinária conquista artística em nível internacional.
Nos últimos anos, ela ganhou várias importantes competições de canto, incluindo a 8ª Competição Internacional de Canto de Veronica Dunne (Dublin, 2016), a 7ª Competição Internacional de Ópera Leyla Gencer (Istambul, 2012), 2º prêmio na 16ª Competição Internacional de Robert Schumann Lied (Zwickau, 2012) e o Grand Prix no 1º Concurso Internacional de Ópera Giulio Perotti (Alemanha, 2011).
Atualmente, Fatma reside em Berlim e continua atuando na Europa, Oriente Médio, Extremo Oriente e Américas. Ela é embaixadora da marca Azza Fahmy Jewelry. Em 2019, Fatma se tornou uma artista exclusiva da Warner Classics.
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